Manuel de Araújo apresentado como membro e cabeça de lista da Renamo
Dois dias depois de ter renunciado como candidato a Membro da Assembleia Municipal e Cabeça de lista pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), na cidade de Quelimane, para as eleições marcadas para dia 10 de Outubro próximo, eis que Manuel de Araújo apresentou-se hoje, como membro e cabeça de lista do segundo maior partido da oposição em Moçambique, Renamo.
De Araújo disse que esta é a melhor forma encontrada para continuar a trabalhar para o bem-estar dos munícipes de Quelimane, por isso, viu-se obrigado a tomar esta decisão, para não trair os seus princípios éticos e os anseios dos quelimanenses.
“Fizemos consultas a vários níveis, instituições, grupos sociais e sentimos que a vontade dos munícipes de Quelimane é esta. Estamos aqui apenas para cumprir esta vontade, porque afinal de contas, não passamos de meros instrumentos dos munícipes da cidade Quelimane”, justificou De Araújo, na sua primeira intervenção em público, coberto pela bandeira da Renamo e um boné desta formação partidária.
A fonte diz que a cidade de Quelimane precisa de uma força politica comprometida com o desenvolvimento da urbe, e “neste momento nós estamos convencidos que a Renamo é essa força, que melhor consegue exprimir sentimentos e os anseios dos munícipes de Quelimane.
Em termos de Orçamento do Estado (OE), a província de Zambézia nos últimos 40 anos recebeu menor investimento público e privado, considera o edil. “A província da Zambézia, em 1973 e 74, produzia dois terços do Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique, mas hoje, produz menos de um terço da produção nacional, e a situação nos preocupa, porque nós temos responsabilidades, não só com a cidade, mas com toda província” disse.
Face a estas declarações, uma vez que a jurisdição municipal da cidade de Quelimane, não abrange a provincial, questionamos se poderá se candidatar como governador da província? Respondeu, argumentando que neste momento estão focados com objectivo primário, mas quando haverem objectivos secundários o partido e os munícipes é quem vão dissidir. “ É melhor sempre ter um pássaro na mão, do que dois a voar”, encerou assim a sua intervenção.
Ex-ministro moçambicano e antigo presidente da transportadora LAM acusados de corrupção
O Tribunal de Maputo acusou o ex-ministro dos Transportes e Comunicações Paulo Zucula e o ex-presidente da transportadora Linhas Aéreas de Moçambique por corrupção na compra de aviões "Embraer".
O Tribunal Judicial da Cidade de Maputo acusou o ex-ministro dos Transportes e Comunicações Paulo Zucula e o ex-presidente da transportadora Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) José Viegas num processo por corrupção na compra de aviões “Embraer”.
O Notícias, diário de maior circulação no país, escreve esta sexta-feira que o tribunal pronunciou ainda o ex-diretor da General Electrics em Moçambique, Mateus Zimba, no mesmo caso.
O tribunal decidiu levar o ministro dos Transportes e Comunicações a julgamento, aceitando a acusação que o Ministério Público imputa ao antigo governante por participação económica em negócio e branqueamento de capitais.
José Viegas foi pronunciado por branqueamento de capitais e Mateus Zimba por participação económica em negócio e branqueamento de capitais. Os três réus aguardam a marcação da data do julgamento, permanecendo em liberdade após o pagamento de caução.
Paulo Zucula, José Viegas e Mateus Zimba são acusados de terem recebido subornos no valor de 800 mil dólares (686 mil euros) da fabricante brasileira “Embraer” na venda de aviões à LAM, entre 2008 e 2010.
Zuckerberg no centro de uma polémica pela negação do Holocausto
O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, vê-se novamente no centro de uma polémica, desta vez por afirmar que a rede social não deveria proibir publicações que negam o Holocausto.
Numa entrevista ao site Recode divulgada esta quarta-feira em podcast, Zuckerberg disse que embora o Facebook esteja focado em reduzir a difusão de notícias falsas, algumas das crenças que se mantêm por convicção não serão eliminadas.
Depois da reação nas redes sociais devido às suas declarações, Zuckerberg viu-se obrigado a se retratar, esclarecendo que se alguma publicação promover violência ou ódio contra qualquer grupo, seria eliminada.
A controvérsia foi gerada quando Zuckerberg espontaneamente deu como exemplo a negação do Holocausto durante a entrevista, ao referir-se à publicação de notícias fraudulentas na rede social.
O criador do Facebook disse que as mensagens que chamavam mentirosas às vítimas do ataque a tiros na escola de Sandy Hook seriam eliminados por representarem uma perseguição. No entanto, acrescentou que nem todas as publicações incorretas receberiam o mesmo tratamento.
"Sou judeu, e há pessoas que negam que o Holocausto tenha ocorrido", disse. "Acho isso profundamente ofensivo. Mas no fim das contas, não acho que a nossa plataforma deva eliminar essas publicações, porque penso que há coisas que as pessoas acreditam equivocadamente. Não acho que façam isso intencionalmente".
Depois de que Swisher lhe dizer que os que negam o Holocausto poderiam fazer isso com más intenções, Zuckerberg continuou: "É difícil pôr em dúvida a intenção e entendê-la. Só acho que, por mais horríveis que possam ser alguns exemplos, a realidade também é que eu me equivoco quando falo publicamente. Tenho certeza de que você também. E tenho certeza de que muitos líderes e figuras públicas que respeitamos também se enganam".
Após a entrevista, Zuckerberg enviou um e-mail a Recode para esclarecer as suas declarações, afirmando que se algo for considerado falso pelos que verificam a veracidade das publicações no Facebook, "perderia a maioria de distribuição em sites de notícias".
"E evidentemente, se uma publicação cruza a linha de promover a violência ou o ódio contra algum grupo em particular, será eliminada".
As declarações de Zuckerberg foram divulgadas após o Facebook informar acerca de um novo método para lutar contra a violência inter-religiosa e informações falsas na plataforma, o que representa um novo passo para eliminar o conteúdo que não é explicitamente violento mas que pode promover o ódio.
Rapariga de 11 anos violada por 17 homens desde janeiro
Os violadores trabalhavam no prédio onde a jovem morava com a família, desempenhavam funções na área da segurança e manutenção. Todos foram presos de imediato.
Uma rapariga de 11 anos da cidade indiana de Chennai foi violada por 17 homens que trabalhavam no prédio onde morava, diz a CNN com base em relatos dados pelas autoridades locais na passada quinta-feira.
Os incidentes começaram a meio do mês de janeiro de 2018, explica S. Rajendran, o comissário da polícia adjunto responsável pelo distrito de Kilpauk. As autoridades só tiveram conhecimento do sucedido, contudo, no passado domingo, depois de a menina ter contado à família.
Os 17 homens que desempenhavam funções de segurança e manutenção foram presos imediatamente. Este caso surge no seguimento de uma série de outros, todos da mesma índole, que têm abalado a Índia nos passados meses.
Num que decorreu em maio, por exemplo, uma rapariga de 16 anos foi violada em grupo e queimada viva no estado de Jharkhand. Noutro caso, também em julho, três adultos (um diretor de uma escola e dois professores) e 16 menores foram presos com base na alegação de que tinha violado repetidamente uma jovem de 15 anos.
Ainda na semana passada um legislador do partido Bhartiya Janata foi acusado de violar uma adolescente o pai da vítima, alegadamente, terá sido espancado até à morte por ter denunciado o caso.
RENAMO apresenta Venâncio Mondlane
Mondlane foi apresentado pelo Secretário-geral, Manuel Bissopo, que, no entanto, não o anunciou como cabeça de lista do partido.
O político moçambicano Venâncio Mondlane foi hoje apresentado, em Maputo, como novo reforço da Renamo, maior partido da oposição do país.
Foi num ambiente de festa e na presença de simpatizantes, membros e quadros seniores da Renamo que Venâncio Mondlane foi apresentado, esta ter-feira, pelo secretário-geral desta formação política, Manuel Bissopo, como novo reforço da perdiz na cidade de Maputo.
Se Venâncio Mondlane será ou não cabeça de lista da Renamo na cidade de Maputo, Manuel Bissopo não confirmou e nem desmentiu, limitando se apenas em dizer que as bases estão a trabalhar e dentro de quinze dias o partido irá anunciar.
Lembre-se que Mondlane renunciou ao cargo de deputado na Assembleia da República pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM) alegando incompatibilidade e constrangimentos no exercício das suas funções.
Cristiano Ronaldo é uma espécie de íman para um campeonato adormecido
O Jornal Económico falou com uma jornalista e tradutora portuguesa radicada em Itália há onze anos. Para Margarida Rodrigues, a contratação de Cristiano Ronaldo pela Juventus é uma grande oportunidade apesar das dificuldades que grassam na economia italiana.
Margarida Rodrigues, jornalista e tradutora portuguesa radicada em Itália desde março de 2007, tem acompanhado com o máximo interesse a chegada de Cristiano Ronaldo a Itália e falou deste entusiasmo em entrevista ao Jornal Económico. Apesar de não esconder a preferência pelas ‘cores’ da Fiorentina, a portuguesa está a torcer para que esta contratação da Juventus represente um marco para o renascimento da Serie A.
Como é que Itália está a encarar a chegada de Cristiano Ronaldo à Serie A?
Aqui não se fala de outra coisa. Desde que Portugal foi eliminado do Mundial que só se fala de CR7. Ainda não era oficial a sua chegada à Juventus e já os programas que seguiam o Mundial na Rússia, falavam mais dele do que dos jogos em curso. Até este domingo, durante a final do Mundial, só falavam do Ronaldo e da sua chegada a Turim para assinar o contrato e efetuar os testes médicos.
Os adeptos estão fora de si. Muitos vieram de várias partes da Itália para o receber mas também de outros países europeus, como a Alemanha. As primeiras camisolas com o seu número foram vendidas em poucas horas. A sociedade de Turim está super orgulhosa do que conseguiu fazer e, ainda a contratação não era oficial, já a cotação da Juventus na bolsa tinha subido de 33% em poucos dias. Até se diz que vai viver para a casa onde morou o Zidane.
Existe a expectativa de que Ronaldo possa ser uma ajuda para a dinamização da economia italiana? Em que setores?
Há vários anos que as equipas italianas que conseguem ir mais longe na Champions e na UEFA são a Juventus, o Milão, o Inter e ultimamente também a Roma e o Nápoles, especialmente quando cá jogava o uruguaio Edison Cavani. A Fiorentina, há cerca de quatro anos, também conseguiu ir longe na Taça UEFA mas a verdade é que a hegemonia da Juve nos últimos anos não tem rival. É a equipa mais forte e consistente do campeonato italiano. A expetativa é que a chegada de Ronaldo atraia outros grandes jogadores ao campeonato.
Longe vão os tempos em que alguns dos melhores futebolistas do mundo militavam nas equipas italianas (basta pensar no Milan com o trio alemão e no Inter com o trio holandês nos anos 90). O que todos esperam é que as equipas italianas possam voltar a desempenhar um papel importante no futebol mundial, especialmente após a seleção ter sido eliminada da qualificação para o Mundial da Rússia.
A nível de marketing nem se fala. Já começaram os anúncios publicitários com Cristiano Ronaldo. As camisolas com o nome dele custam mais de 135 euros e mal foram impressas as primeiras, esgotaram logo, e já estão a tratar de uma segunda série para dar a oportunidade a todos de terem a camisa com o seu ídolo: o melhor jogador do mundo já cinco vezes e todos esperam que ganhe a bola de ouro outra vez este ano, desta vez com a camisa da Juventus.
De uma forma geral, os restantes clubes da Serie A vêem a chegada de Ronaldo como uma oportunidade ou como uma ameaça?
Seguramente como uma grande oportunidade e como uma espécie de íman que possa atrair outros jogadores de grande relevo a um campeonato que nos últimos anos parece adormecido ou menos importante aos olhos do resto do mundo. Muitos esperam atrair alguns dos grandes futebolistas que se destacaram no mundial. Certo que todos gostariam de ver jogadores como Messi, Modric, Coutinho, Neymar, Kane, Schmeichel e tantos outros a jogar em Itália, mas a verdade e que nos últimos anos o campeonato italiano não brilha tanto como noutros tempos e a nível económico, só a Juventus é que tem a possibilidade de adquirir um jogador com CR7.
Tendo em conta que a Juventus é hepta, existe o risco da Serie A se tornar ainda mais desequilibrada, ao nível do campeão?
A verdade é que nos últimos anos a Juventus não tem grande rivais no campeonato. Muitos dizem que com a chegada do Ronaldo, nem vale a pena começar o campeonato pois já se sabe que a Juve vai ganhar outra vez, mas uma equipa é feita de 11 jogadores. É verdade que o CR7 é o melhor do mundo, ninguém o pode negar, mas apesar de sozinho não se ganhar campeonatos, tê-lo na equipa já é meio caminho andado.
Muitos dos seus colegas não vêem a hora de o conhecer e de tentar perceber qual é o seu segredo pois todos dizem (por exemplo, Arrigo Sacchi, ex selecionador da Itália) que Ronaldo não nasceu com o dom do futebol como Pelé, ou Messi, mas com os anos têm vindo a crescer a nível profissional tendo atingido um nível quase de “extraterrestre” que o eleva ao título de Deus do Olimpo.
A questão dos trabalhadores da Fiat, que questionam o dinheiro que se está a gastar nesta contratação, é vista com alguma solidariedade por outros setores profissionais ou existe aqui algum aproveitamento para garantir a visibilidade de algumas reivindicações?
Essa não é uma questão que não se tem falado muito a nível dos telejornais. A crise da Fiat já dura há alguns anos. É óbvio que quando se fala de contratações com valores estratosféricos, estando o país a viver uma crise a nível de desemprego e de imigração que tem vindo a melhorar muito lentamente nos últimos anos, saber quanto o Cristiano vai ganhar num ano nunca pode ser visto de bons olhos, mas a vontade de o ver jogar no campeonato italiano, tem colocado outras questões em segundo plano.
Diz-se que Ronaldo já vendeu cerca de 54 milhões de euros em camisolas? Como é encarada esta capacidade de gerar dinheiro que a marca Ronaldo traz a Turim e à economia italiana?
As primeiras camisolas com o número dele esgotaram em poucas horas e tiveram de ser encomendadas outras que, na minha modesta opinião, não vão chegar para satisfazer todos os pedidos dos italianos e também dos fãs estrangeiros. Como qualquer grande jogador, Ronaldo é uma máquina de fazer dinheiro. A nível publicitário não há quem o bata e todos dizem que o mínimo gesto que ele faz é intencional pois sabe muito bem gerir a sua imagem. Há quem diga que é um excelente relações públicas e que sabe muito bem jogar com a fama pois tudo o que ele faz propaga-se em poucos segundos a nível das redes sociais e da internet em geral.
As camisolas estão mais caras e os lugares no estádio da Juventus também. Existem críticas sobre este aproveitamento ou o entusiasmo de ver chegar este jogador a Itália supera tudo isso?
Estamos a falar do melhor jogador do mundo. É normal que a Juventus aumente o preço das camisolas pois sabem muito bem que as pessoas vão comprar e não importa o valor que tenham de pagar. No futebol é tudo uma questão de dinheiro e de marketing e não há ninguém melhor do que o CR7 para gerar dinheiro a todos os níveis, desde o marketing, ao turismo e à restauração. Quem não gostaria de ter uma casa perto do melhor jogador do mundo, jantar no mesmo restaurante onde ele vai comer, ou visitar Turim que todos dizem ser uma cidade fabulosa para permanecer num dos hotéis da cidade para ir ver uma partida da Juventus com a sua nova estrela?
Kylian Mbappé sucede a um tal de.... Pelé
Golo histórico de Kylian Mbappé na final do Mundial-2018. A jovem estrela francesa assinou o quarto golo da França diante da Cróacia, tornando-se no segundo jogador com menos de 20 anos a apontar um golo numa final de um Campeonato do Mundo.
O primeiro a alcançar tal feito foi Pelé, glória do futebol brasileiro, que apontou dois golos no triunfo do Brasil diante da Suécia, no Mundial-1958.
E mais: se Mbappé, que completa este domingo 19 anos, se sagrar campeão do mundo, será o terceiro jogador mais jovem a consegui-lo, depois de Pelé (tinha 17 anos em 1958) e o italiano Bergomi (tinha 18 anos em 1982).
Ronaldo ainda não foi apresentado oficialmente, mas já rendeu 54 milhões de euros à Juventus (em camisolas)
Os números envolvidos na transferência do astro português continuam a deixar o mundo de boca aberta. Num dia, o clube italiano amortizou mais de metade do valor pago ao Real Madrid.
A transferência de Cristiano Ronaldo para a Juventus tem sido tema incontornável dos últimos tempos, em parte por causa dos valores astronómicos envolvidos na mudança para Turim. Contudo, e segundo avança o site Yahoo Itália, há ainda mais motivos para ficar de boca aberta com a mudança — em apenas 24 horas, a vecchia signora vendeu 520 mil camisolas do seu novo número “7”, arrecadando com isso cerca de 54 milhões de euros.
Com um preço de 104 euros, a camisola que CR7 usará nos próximos tempos transformou-se rapidamente em bem de primeira necessidade para muitos adeptos do emblema italiano, comprovando que se vive, de facto, um clima de euforia generalizado com a chegada de Ronaldo. Há relatos de filas intermináveis às porta da loja da Juve e o próprio site do clube já foi abaixo várias vezes desde que a notícia foi confirmada.
Cristiano Ronaldo trocou o Real Madrid (onde passou nove anos) pelo clube da Seria A a troco de 105 milhões de euros, valor que a este ritmo será prontamente amortizado só com as receitas da venda de camisolas. Recorde que o contrato de quatro anos assinado pelo português prevê que receba um salário anual de 30 milhões de euros.
UE felicita PR de Moçambique e Renamo pelo entendimento sobre assuntos militares
A UE entende que o consenso entre Filipe Nyusi, e o coordenador da Comissão Política da Renamo, em matéria de assuntos militares, mostra "vontade de realizar progressos tangíveis".
A delegação da União Europeia (UE) em Moçambique felicitou esta quinta-feira o entendimento entre o chefe de Estado e o líder interino da oposição anunciado na quarta-feira.
A UE entende que o consenso entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o coordenador da Comissão Política da Renamo, Ossufo Momade, em matéria de assuntos militares, mostra “vontade de realizar progressos tangíveis”, refere numa nota divulgada.
A delegação junta-se às felicitações já expressas pela Suíça, que preside ao grupo de contacto entre o Governo e a Renamo, pelos EUA e por Portugal. “Este é um passo importante para o reforço da confiança mútua entre as duas partes e para a conclusão de um processo de paz efetiva”, acrescenta.
A UE e os seus Estados-membros “estão dispostos a apoiar as partes na implementação bem-sucedida deste acordo e no processo geral de paz e reconciliação nacional, para benefício de todos os moçambicanos”, concluiu o comunicado.
O ex-líder da Renamo, Afonso Dhlakama, morreu a 03 de maio, devido a complicações de saúde, numa altura em que já tinha negociado com Nyusi a descentralização do poder com vista à paz, mas deixando por fechar o dossiê militar.
A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder e a que Nyusi preside, fez depender, em junho, a aprovação de legislação eleitoral, de avanços no processo de desmilitarização da Renamo.
O encontro de quarta-feira poderá desbloquear o impasse no parlamento e levar à aprovação de legislação de que depende o calendário eleitoral das autárquicas de 10 de outubro.
Formalizado consenso alcançado entre Filipe Nyusi e Ossufo Momade
O Presidente da República, Filipe Nyusi e o coordenador da Comissão Política da Renamo, Ossufo Momade, anunciaram, hoje, ter alcançado consensos sobre os assuntos militares.
Veja, na íntegra, a declaração conjunta que formaliza o encontro:
“No quadro do processo de Diálogo Político entre o Governo de Moçambique e a Renamo, Sua Excelência Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da República de Moçambique e Sua Excelência Ossufo Momade, Coordenador da Comissão Política da Renamo reuniram-se a 11 de Julho de 2018, na Cidade da Beira.
Durante o encontro passaram em revista o estágio do diálogo em torno dos assuntos militares e perspectivaram os passos a serem levados a cabo para a consolidação do processo de paz efectiva e a reconciliação nacional.
Durante o diálogo mantido, o Presidente da República e o Coordenador da Comissão Política da Renamo reafirmaram o consenso anteriormente alcançado relativamente aos assuntos militares, no que tange ao desarmamento, desmobilização e reintegração dos elementos armados da Renamo. Foram definidos os princípios, processos, acções e o cronograma para o enquadramento dos militares oriundos da Renamo nas FADM e na Polícia da República de Moçambique,
Acordou-se sobre a necessidade de criação de estruturas conjuntas de implementação do Documento de Consenso sobre Assuntos Militares, designadamente, a Comissão de Assuntos Militares; o Grupo Técnico Conjunto de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração; o Grupo Técnico Conjunto de Enquadramento nas FADM e PRM e o Grupo Técnico Conjunto de Monitoria e Verificação.
Relativamente ao enquadramento nas FADM e na PRM acordaram que num prazo de 10 dias a liderança da Renamo deve apresentar a lista dos seus oficiais para ocuparem os cargos nos postos previamente acordados. No mesmo prazo o Governo e a Renamo devem designar o seu pessoal a integrar a Comissão de Assuntos Militares e os Grupos Técnicos Conjuntos.
Foi acordado, ainda, que em simultâneo deve iniciar o processo com vista à desmilitarização e reinserção socioeconómica dos elementos armados da Renamo.
O Presidente da República e o Coordenador da Comissão Política da Renamo reafirmaram a sua vontade de continuar a interagir com vista a tornar célere o processo de implementação dos consensos sobre os assuntos militares.
A Reunião entre as Partes decorreu num ambiente de muita cordialidade, abertura e franqueza, tendo as duas Partes reafirmado o seu total empenho para o alcance da paz efectiva e definitiva, bem como uma reconciliação genuína entre os Moçambicanos.
Exortaram a todo o povo moçambicano e todas as instituições nacionais para apoiarem e colaborarem para o êxito no processo de implementação dos consensos.
De igual modo, apelaram a Comunidade Internacional para apoiar as Partes na implementação bem-sucedida dos consensos alcançados sobre os Assuntos Militares, em particular e sobre o processo de paz e reconciliação nacional, em geral”.
Grupo mata duas pessoas e rouba armamento no norte de Moçambique
Um grupo armado matou duas pessoas, feriu dois agentes das autoridades e roubou armamento na noite de terça-feira em Quisingule, aldeia remota do norte de Moçambique.
Um grupo armado matou duas pessoas, feriu dois agentes das autoridades e roubou armamento na noite de terça-feira em Quisingule, aldeia remota do norte de Moçambique, disseram residentes à Lusa.
A povoação situa-se a 12 quilómetros do posto fronteiriço com a Tanzânia, em Namoto. O ataque à aldeia, no distrito de Palma, cerca de dois mil quilómetros a Norte da capital, Maputo, aconteceu pelas 22:00 e as mesmas fontes referem que os atacantes roubaram armamento não especificado às forças de defesa e segurança moçambicanas que ali estavam estacionadas.
Um residente disse à Lusa ter visto o grupo, que devia ser constituído por mais de 20 homens com armas de fogo, e relatou que algumas casas da aldeia foram incendiadas.
Só na mais recente vaga de violência, desde 27 de maio, morreram pelo menos 40 habitantes, 11 supostos agressores e dois elementos das forças de segurança, segundo números das autoridades e testemunhos da população à Lusa. Povoações remotas da província de Cabo Delgado, situada entre 1.500 a 2.000 quilómetros a Norte de Maputo, têm sido saqueadas com violência por desconhecidos nos últimos noves meses.
Os grupos invadem as casas de construção precária com catanas em busca de gado, comida, dinheiro e bens de valor e têm provocado um número indeterminado de mortes desde outubro de 2017, algumas com recurso a metralhadoras, além de incendiarem parte das povoações.
A onda de ataques teve início em Mocímboa da Praia com um grupo armado que integrava alguns elementos de um grupo muçulmano que ocupava uma mesquita da vila e defendia que a lei islâmica devia sobrepor-se ao Estado de direito.
Os grupos que têm atacado as aldeias nunca fizeram nenhuma reivindicação nem deram a conhecer as suas intenções. Os ataques acontecem numa altura em que avançam os investimentos de companhias petrolíferas em gás natural na região, mas sem que até agora tenham entrado no perímetro reservado aos empreendimentos.
Relatórios de investigadores notam que há redes criminosas internacionais ligadas ao tráfico de heroína, marfim, rubis e madeira que estão presentes há vários anos na província de Cabo Delgado e sugerem que a onda de violência esteja ligada a essas redes.
As autoridades têm anunciado centenas de detenções e referem que os supostos agressores estão fragilizados, mas sem qualquer esclarecimento adicional sobre as razões da onda de violência.
Os ataques têm provocado vagas de centenas de deslocados internos que procuram refúgio nas sedes de distrito mais próximas (Palma, Mocímboa da Praia, Macomia, ilha do Ibo e Quissanga).
Lula da Silva reafirma que será candidato nas presidenciais do Brasil
O ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, preso por corrupção, reafirmou esta terça-feira que será candidato nas eleições de outubro próximo para “recuperar a soberania do povo brasileiro”.
“Você pode ter certeza que vou ser um candidato para, entre outras coisas, recuperar a soberania do povo brasileiro”, escreveu o ex-Presidente numa mensagem divulgada na rede social Facebook.
Lula da Silva disse que está “muito triste” com a situação do país, acusando o Presidente Michel Temer, no poder desde meados de 2016, após a destituição de Dilma Rousseff, de estar a promover a venda do património público, referindo-se aos projetos de privatização anunciados pelo Governo. “É muito triste que parte do património público, construído com muito sacrifício pelo povo brasileiro a partir da metade do século XX, esteja sendo vendido de forma irresponsável, a preço de banana, para encobrir a ilegitimidade de um golpista”, acrescentou o ex-presidente na mesma mensagem.
O principal líder do Partido dos Trabalhadores (PT), que fundou em 1980 com um grupo de trabalhadores e intelectuais, não fez nenhuma menção à batalha judicial entre juízes que ocorreu no último domingo em torno da sua libertação da prisão.
No último domingo, o juiz Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4), concedeu a Lula da Silva um ‘habeas corpus’ pedido por um grupo de deputados do PT, e ordenou a libertação imediata. No entanto, o juiz federal Sergio Moro, que analisa os casos de corrupção da Petrobras em primeira instância e que condenou Lula da Silva no ano passado, questionou a competência do colega e apelou ao instrutor do caso no TRF4, o juiz Joao Gebran Neto.
Gebran Neto revogou a libertação do ex-presidente, mas, logo após esta decisão o juiz Rogério Favreto voltou a determinar a libertação de Lula da Silva. A controvérsia só foi resolvida quando o presidente TRF4, Carlos Thompson Flores, manteve o ex-Presidente brasileiro preso.
A presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, denunciou uma “conspiração” do sistema judicial para impedir a libertação de Lula da Silva e impedir que este seja candidato nas eleições que se realizarão a 7 de outubro. Lula da Silva “estava praticamente na porta” da prisão e uma “conspiração” da polícia e da Justiça impediu-o de sair, disse Gleisi Hoffmann, que reiterou que o partido vai inserir o nome de Lula da Silva como candidato para as próximas eleições presidenciais.
No entanto, a candidatura do ex-presidente, que acumula um total de sete processos criminais na Justiça, a maioria por suposta prática de corrupção, e que ao mesmo tempo lidera as sondagens de intenção de voto, parece inviável. Em causa está o facto de a lei eleitoral brasileira proibir que os condenados em segunda instância possam candidatar-se a ocupar qualquer cargo eletivo. Lula da Silva já foi condenado em duas instâncias da Justiça brasileira.
A justiça eleitoral do país, porém, só pode pronunciar-se sobre a situação de Lula da Silva se o seu nome for avançado oficialmente até 15 de agosto, quando termina o prazo para o registo das candidaturas. Gleisi Hoffmann anunciou que até esse dia, o PT vai aumentar as manifestações em todo o país para defender a inocência do líder e exigir a sua libertação.
Presidente do Zimbabwe anuncia agência espacial nacional
A futura agência terá por missão enviar satélites de observação do planeta e de navegação, destinados a melhorar as produções agrícolas, a exploração mineira, a vigilância sanitária ou a fauna
O Presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, a três semanas de eleições gerais, anunciou esta terça-feira a criação de uma agência espacial nacional destinada a tornar-se numa “ferramenta da modernização e industrialização do país”.
“A nossa nova trajetória económica deve assentar numa exploração judiciosa dos nossos recursos naturais e numa industrialização assente nas matérias-primas”, declarou Mnangagwa, referindo-se designadamente à agricultura. A futura agência terá por missão enviar satélites de observação do planeta e de navegação, destinados a melhorar as produções agrícolas, a exploração mineira, a vigilância sanitária ou a fauna, detalhou.
O novo homem forte do Zimbabwe sucedeu em novembro a Robert Mugabe, que se demitiu por pressão dos militares e do seu partido, após 37 anos no poder.
Mnangagwa prometeu relançar a economia do país, muito debilitada devido às políticas erráticas do seu antecessor, e surge como o candidato favorito da eleição presidencial de 30 de julho, face a uma oposição enfraquecida e ainda abalada pela morte, em fevereiro, de Morgan Tsvangirai, o seu chefe histórico.
Novo ataque provoca quatro mortos em aldeia remota do norte de Moçambique
Um novo ataque de um grupo armado provocou quatro mortos e deixou uma pessoa ferida com gravidade, na noite de sábado, numa aldeia remota de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
Um novo ataque de um grupo armado provocou quatro mortos e deixou uma pessoa ferida com gravidade, na noite de sábado, numa aldeia remota de Cabo Delgado, província do norte de Moçambique.
O ataque aconteceu na aldeia de Macanca – Nhica do Rovuma, pertencente ao posto administrativo de Pundanhar e ao distrito de Palma, disseram fontes locais à Lusa.
O grupo incendiou cinco casas da aldeia, acrescentaram.
O posto administrativo ao qual a aldeia pertence está situado a cerca de 60 quilómetros a sudeste da vila de Palma, acessível por caminhos de terra batida.
O último ataque tinha acontecido em 22 de junho em Manganja, uma aldeia 15 quilómetros a sudeste de Palma.
Só na mais recente vaga de violência, desde 27 de maio, morreram pelo menos 33 habitantes, 11 supostos agressores e dois elementos das forças de segurança, segundo números das autoridades e testemunhos da população à Lusa.
Povoações remotas da província têm sido saqueadas com violência por desconhecidos nos últimos noves meses.
Os grupos invadem as casas de construção precária com catanas em busca de gado, comida, dinheiro e bens de valor e têm provocado um número indeterminado de mortes, algumas com recurso a metralhadoras, além de incendiarem parte das povoações.
A onda de ataques teve início em Mocímboa da Praia com um grupo armado que integrava alguns elementos de um grupo muçulmano que ocupava uma mesquita da vila e defendia que a lei islâmica devia sobrepor-se ao Estado de direito.
Os grupos que têm atacado as aldeias nunca fizeram nenhuma reivindicação nem deram a conhecer as suas intenções.
Os ataques acontecem numa altura em que avançam os investimentos de companhias petrolíferas em gás natural na região, mas sem que até agora tenham entrado no perímetro reservado aos empreendimentos.
Relatórios de investigadores notam que há redes criminosas internacionais ligadas ao tráfico de heroína, marfim, rubis e madeira que estão presentes há vários anos na província de Cabo Delgado e sugerem que a onda de violência esteja ligada a essas redes.
As autoridades têm anunciado centenas de detenções e referem que os supostos agressores estão fragilizados, mas sem qualquer esclarecimento adicional sobre as razões da onda de violência.
Os ataques têm provocado vagas de centenas de deslocados internos que procuram refúgio nas sedes de distrito mais próximas (Palma, Mocímboa da Praia, Macomia, ilha do Ibo e Quissanga).
Neymar diz-se sem forças para continuar a jogar futebol
Contínua a ser um dos temas do momento a eliminação brasileira do Mundial-2018, após ter perdido esta sexta-feira nos quartos de final com a Bélgica.
As reações dos canarinhos têm demonstrado grande desilusão no seio do balneário do escrete, inconsoláveis com a eliminação precoce na competição.
Desta feita foi Neymar, apontado como a estrela do Brasil e que acabou por desiludir, a expelir os sentimentos motivados pelo afastamento. O camisola 10 brasileiro diz viver «o pior momento da carreira» com o fracasso.
Posso dizer que é o momento mais triste da minha carreira, a dor é muito grande porque sabíamos que poderíamos chegar, sabíamos que tínhamos condições de irmos mais além, de fazer história .. mas não foi desta.
É difícil encontrar forças para querer voltar a jogar futebol, mas tenho a certeza que Deus me dará força suficiente para enfrentar qualquer coisa, por isso nunca deixarei de te agradecer Deus, até mesmo na derrota... porque eu sei que o teu caminho é muito melhor do que o meu. Sinto-me muito feliz em fazer parte desta equipa, estou orgulhoso de todos, interromperam o nosso sonho, mas não o tiraram da nossa cabeça e nem dos nossos corações", escreveu Neymar nas redes sociais.
As reações dos canarinhos têm demonstrado grande desilusão no seio do balneário do escrete, inconsoláveis com a eliminação precoce na competição.
Desta feita foi Neymar, apontado como a estrela do Brasil e que acabou por desiludir, a expelir os sentimentos motivados pelo afastamento. O camisola 10 brasileiro diz viver «o pior momento da carreira» com o fracasso.
Posso dizer que é o momento mais triste da minha carreira, a dor é muito grande porque sabíamos que poderíamos chegar, sabíamos que tínhamos condições de irmos mais além, de fazer história .. mas não foi desta.
É difícil encontrar forças para querer voltar a jogar futebol, mas tenho a certeza que Deus me dará força suficiente para enfrentar qualquer coisa, por isso nunca deixarei de te agradecer Deus, até mesmo na derrota... porque eu sei que o teu caminho é muito melhor do que o meu. Sinto-me muito feliz em fazer parte desta equipa, estou orgulhoso de todos, interromperam o nosso sonho, mas não o tiraram da nossa cabeça e nem dos nossos corações", escreveu Neymar nas redes sociais.
António Costa regressa este sábado a Lisboa depois de uma visita a Moçambique
Costa alerta PME nacionais para oportunidades em Moçambique na agricultura e energia.
O primeiro-ministro lembrou as Pequenas e Médias Empresas de que podem ganhar um papel importante no país.
O primeiro-ministro, António Costa, salientou que Moçambique representa “uma oportunidade” não só para grandes investimentos, mas também para as Pequenas e Médias Empresas (PME) nacionais, apontando como exemplo as áreas da agricultura e da energia.
António Costa regressa este sábado a Lisboa, depois de uma visita oficial de dois dias a Moçambique e que incluiu a realização da III Cimeira Luso-moçambicana, fazendo um “balanço muito positivo” desta deslocação a nível político e económico.
Do ponto de vista político, é muito clara a vontade dos dois governos, do Presidente da República de Moçambique, que têm uma grande motivação para estreitar o relacionamento com Portugal”, destacou, em declarações à RTP e Lusa.
Também na perspetiva económica, o primeiro-ministro salientou as oportunidades abertas, quer pelos acordos assinados uma dezena em áreas como segurança social, administração interna, mar e defesa quer pela “reanimação das linhas de crédito e novos instrumentos financeiros de apoio ao investimento”.
“Há também a vontade de Moçambique de lançar grande projetos de grande dimensão na área da energia, que pode interessar não só a grandes empresas, mas também às PME”, alertou.
Segundo António Costa, uma das mensagens mais importantes que lhe foi transmitida pelo Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, foi que “é preciso olhar para Moçambique não só para os grandes investimentos, mas também para as inúmeras oportunidades que o país oferece, designadamente na agricultura“.
“As PME portuguesas têm aqui um espaço e podem ganhar um papel muito importante, aproveitando diferenças de calendários de cultura e diferenciando o portfólio de produções”, apontou. “Está aqui um pais com notáveis oportunidades e quando as oportunidades existem há que as agarrar”, apelou.
Com a próxima cimeira bilateral já marcada para o próximo ano, desta vez em Portugal, o primeiro-ministro salientou a importância de manter “contactos regulares” entre os dois países para que qualquer problema que surja possa ser rapidamente ultrapassado. “Não vamos esperar quatro anos”, assegurou. As anteriores cimeiras bilaterais entre Portugal e Moçambique realizaram-se em 2011, em Lisboa, e em 2014, em Maputo
António Costa regressa este sábado a Lisboa, depois de uma visita oficial de dois dias a Moçambique e que incluiu a realização da III Cimeira Luso-moçambicana, fazendo um “balanço muito positivo” desta deslocação a nível político e económico.
Do ponto de vista político, é muito clara a vontade dos dois governos, do Presidente da República de Moçambique, que têm uma grande motivação para estreitar o relacionamento com Portugal”, destacou, em declarações à RTP e Lusa.
Também na perspetiva económica, o primeiro-ministro salientou as oportunidades abertas, quer pelos acordos assinados uma dezena em áreas como segurança social, administração interna, mar e defesa quer pela “reanimação das linhas de crédito e novos instrumentos financeiros de apoio ao investimento”.
“Há também a vontade de Moçambique de lançar grande projetos de grande dimensão na área da energia, que pode interessar não só a grandes empresas, mas também às PME”, alertou.
Segundo António Costa, uma das mensagens mais importantes que lhe foi transmitida pelo Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, foi que “é preciso olhar para Moçambique não só para os grandes investimentos, mas também para as inúmeras oportunidades que o país oferece, designadamente na agricultura“.
“As PME portuguesas têm aqui um espaço e podem ganhar um papel muito importante, aproveitando diferenças de calendários de cultura e diferenciando o portfólio de produções”, apontou. “Está aqui um pais com notáveis oportunidades e quando as oportunidades existem há que as agarrar”, apelou.
Com a próxima cimeira bilateral já marcada para o próximo ano, desta vez em Portugal, o primeiro-ministro salientou a importância de manter “contactos regulares” entre os dois países para que qualquer problema que surja possa ser rapidamente ultrapassado. “Não vamos esperar quatro anos”, assegurou. As anteriores cimeiras bilaterais entre Portugal e Moçambique realizaram-se em 2011, em Lisboa, e em 2014, em Maputo
CNE moçambicana adia início da inscrição de candidaturas às eleições autárquicas
A Comissão Nacional de Eleições moçambicana adiou esta quarta-feira o início da apresentação das listas de candidatura dos partidos políticos para as eleições autárquicas de 10 de outubro.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) moçambicana adiou esta quarta-feira o início da apresentação das listas de candidatura dos partidos políticos para as eleições autárquicas de 10 de outubro, por ainda não ter sido aprovado um novo pacote eleitoral.
O porta-voz da CNE, António Cuinica, disse em conferência de imprensa que os órgãos eleitorais aguardam que a Assembleia da República aprove uma nova legislação eleitoral para as autarquias, para que os partidos políticos, coligações de partidos políticos e grupos de cidadãos proponham candidatos ao escrutínio.
A inscrição de candidatos devia decorrer de 05 a 27 do mês em curso. A Comissão Permanente da Assembleia da República de Moçambique adiou no mês passado uma sessão extraordinária do parlamento, que havia sido convocada para 21 e 22 de junho para a aprovação de um novo pacote eleitoral.
A Comissão Permanente da AR adiou a sessão extraordinária atendendo a um pedido da bancada da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder. A Frelimo alegou a falta de progressos no desarmamento do braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, para propor o adiamento da sessão extraordinária do parlamento.
Para a realização das eleições autárquicas é necessário um novo pacote eleitoral que esteja em harmonia com o novo texto constitucional aprovado pela Assembleia da República em maio. Entre as inovações introduzidas na lei fundamental moçambicana avulta a exigência de um cabeça-de-lista nas candidaturas às eleições municipais.
Cofre com veneno usado por tribos sul-americanas foi roubado de museu na Holanda
O veneno costuma ser colocado nas setas que as tribos sul-americanas usam para caçar
Um cofre que continha uma pequena quantidade de veneno usado por tribos sul-americanas para caçar foi roubado do museu Boerhaave, na Holanda. Polícia está à procura dos responsáveis.
A polícia holandesa está à procura dos responsáveis pelo desaparecimento de um cofre com veneno mortal usado por tribos sul-americanas para caçar.
O assalto aconteceu na quarta-feira no museu de história da ciência e de medicina Boerhaave, na cidade holandesa de Leiden. “Trata-se de um veneno chamado ‘curare’, usado em setas para matar animais na América do Sul”, explicou Amito Haarhuis, diretor do museu holandês, à France-Presse. “Foi-nos recentemente oferecido como parte de uma coleção, mas decidimos que não o queríamos. Guardamo-lo num cofre e íamos destrui-lo de forma segura.”
O “curare”, nome dado ao extrato de vários tipos de plantas venenosas, é “muito tóxico e pode ser fatal”. De acordo com os reponsáveis do Boerhaave, o veneno parece “um pequeno cubo de açúcar preto” e está dentro de um pequeno recepiente de vidro com uma tampa vermelha. Tem uma etiqueta que diz “curare”. Deve ser evitado qualquer contacto com ele.
Até ao momento desconhecem-se os motivos que levaram ao roubo do veneno. Além do “curare”, o cofre, do tamanho de um frigorífico, tenha apenas uma pequena quantia de dinheiro.
O assalto aconteceu na quarta-feira no museu de história da ciência e de medicina Boerhaave, na cidade holandesa de Leiden. “Trata-se de um veneno chamado ‘curare’, usado em setas para matar animais na América do Sul”, explicou Amito Haarhuis, diretor do museu holandês, à France-Presse. “Foi-nos recentemente oferecido como parte de uma coleção, mas decidimos que não o queríamos. Guardamo-lo num cofre e íamos destrui-lo de forma segura.”
O “curare”, nome dado ao extrato de vários tipos de plantas venenosas, é “muito tóxico e pode ser fatal”. De acordo com os reponsáveis do Boerhaave, o veneno parece “um pequeno cubo de açúcar preto” e está dentro de um pequeno recepiente de vidro com uma tampa vermelha. Tem uma etiqueta que diz “curare”. Deve ser evitado qualquer contacto com ele.
Até ao momento desconhecem-se os motivos que levaram ao roubo do veneno. Além do “curare”, o cofre, do tamanho de um frigorífico, tenha apenas uma pequena quantia de dinheiro.
Julgamento de explosão de camião-cisterna que matou 115 pessoas começa em Moçambique
Um camião cisterna com combustível incendiou-se a 17 de novembro de 2016, em Caphiridzange, na sequência de um assalto coletivo, depois de ter sido desviado da estrada.
O Tribunal Judicial de Moatize, em Moçambique, começa esta quarta-feira a julgar o desvio de um camião cisterna com combustível, que acabou por explodir e matar 115 pessoas em Caphiridzange, centro do país, em novembro de 2016.
Em julgamento vão estar seis pessoas, entre as quais revendedores de combustíveis, disse à Lusa fonte ligada ao processo. Os residentes na aldeia queixam-se de haver pessoas envolvidas no caso que não vão responder perante a justiça, como referiram à Televisão de Moçambique.
Júlio Calengo, delegado provincial da Liga dos Direitos Humanos, em Tete (capital provincial), disse à rádio estatal acreditar que será feita justiça, incriminando os infratores. Um camião cisterna com combustível incendiou-se a 17 de novembro de 2016, em Caphiridzange, na sequência de um assalto coletivo, depois de ter sido desviado da estrada. O incidente provocou a morte a 115 pessoas e Moçambique esteve de luto nacional durante três dias.
O Tribunal Judicial de Moatize, em Moçambique, começa esta quarta-feira a julgar o desvio de um camião cisterna com combustível, que acabou por explodir e matar 115 pessoas em Caphiridzange, centro do país, em novembro de 2016.
Em julgamento vão estar seis pessoas, entre as quais revendedores de combustíveis, disse à Lusa fonte ligada ao processo. Os residentes na aldeia queixam-se de haver pessoas envolvidas no caso que não vão responder perante a justiça, como referiram à Televisão de Moçambique.
Júlio Calengo, delegado provincial da Liga dos Direitos Humanos, em Tete (capital provincial), disse à rádio estatal acreditar que será feita justiça, incriminando os infratores. Um camião cisterna com combustível incendiou-se a 17 de novembro de 2016, em Caphiridzange, na sequência de um assalto coletivo, depois de ter sido desviado da estrada. O incidente provocou a morte a 115 pessoas e Moçambique esteve de luto nacional durante três dias.
Governo moçambicano exonera presidente da televisão pública
O Conselho de Ministros de Moçambique anunciou esta terça-feira a exoneração do presidente do canal público Televisão de Moçambique (TVM), Armando Inroga, cinco meses após a sua nomeação para o cargo.
“O Conselho de Ministros aprovou a resolução que determina a cessão de funções de Armando Inroga do cargo de presidente do Conselho de Administração da empresa Televisão de Moçambique por conveniência de serviço”, afirmou a porta-voz do Conselho de Ministros, Ana Comoana, falando em conferência de imprensa.
Armando Inroga, que já foi ministro da Indústria e Comércio, foi nomeado pelo Governo moçambicano para o cargo de presidente da TVM em fevereiro do ano em curso. Em maio, a TVM deu em telejornal como autêntico um vídeo de supostos membros de um grupo armado que terá decapitado dez pessoas nesse mês, enquanto as imagens já circulavam no serviço YouTube desde janeiro.
No referido vídeo, os homens armados reivindicam em nome de Alá os ataques de outubro do ano passado ao distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, norte do país. O episódio levou à suspensão do diretor de informação do canal, de um editor e do jornalista que elaborou a peça, mas a suspensão foi levantada algumas horas depois.
Inglaterra prepara operação de reação à morte da rainha Isabel II.
Como vai ser o dia depois da morte da rainha Isabel II? Ninguém sabe, mas os dez dias de luto nacional que vão ser decretados já estão a ser preparados numa operação secreta chamada "London Bridge".
A Inglaterra começa a preparar-se para a possível morte da rainha Isabel II. Num exercício secreto e nunca antes visto, realizado pelos ministros britânicos, foi delineado um plano de reação à morte da rainha. O Reino Unido vai decretar 10 dias de luto nacional.
A ação protocolar, que decorreu na avenida Whitehall, foi feita a uma escala nunca antes vista. “Esta é a primeira vez que diferentes ministros se juntam numa sala. Anteriormente, eram apenas funcionários”, salienta uma fonte ao jornal The Times.
Na reunião, onde a principal questão discutida foi o dia seguinte à morte da rainha Isabel II, o chamado “D+1”, bem como a comunicação da notícia ao país por parte de Theresa May, estiveram, além de David Lidington, adjunto da primeira-ministra, o secretário de Estado para os Assuntos Internos, Sajid Javid, a líder da Câmara dos Comuns, Andrea Leadsom, e o secretário de Estado para a Escócia, David Mundell.
O jornal faz ainda questão de sublinhar que esta reunião não se deveu a “preocupações específicas sobre o estado de saúde da rainha”, mas devido ao “processo de envelhecimento” da monarca, atualmente com 92 anos. Recorde-se que o exercício decorreu na mesma semana em que Isabel II faltou a um serviço religioso na St. Paul’s Cathedral, em Londres, devido a uma indisposição.
De acordo com o jornal The Guardian, os 10 dias de luto serão divididos em duas partes. Os primeiros nove serão reservados ao velório no Palácio de Westminster. Ao décimo dia, pelas nove da manhã, soará o Big Ben. Duas horas depois do sino tocar, o funeral da monarca britânica decorrerá na Abadia de Westminster. Segundo o mesmo jornal, está também decidido que o sucessor da rainha, o príncipe Carlos, fará depois uma visita à Escócia e ao País de Gales para “mostrar que são parte integrante do seu reino”.
Artigos escritos anteriormente sugerem que a primeira-ministra vai ser a primeira pessoa a saber da notícia, antes de qualquer anúncio oficial. Segundo o jornal The Sun, o secretário privado de Isabel II vai ligar através de uma linha de secreta a Theresa May, dando-lhe a notícia por meio de um código previamente estabelecido.
Diversas fontes assinalam que a operação, conhecida como “London Bridge”, está a ser preparada há anos pelas autoridades britânicas e está em permanente atualização.
Trump diz que UE é “tão má como a China” nas relações comerciais com os EUA
Presidente norte-americano acusa europeus de tratarem os Estados Unidos "de forma muito injusta" no que toca às relações comerciais. "E apesar disso nós gastamos uma fortuna na NATO", afirma
“A UE é possivelmente tão má como a China, só que é mais pequena”, afirmou Donald Trump numa entrevista transmitida este domingo pela cadeia de televisão norte-americana Fox News. A resposta surgiu perante a questão da jornalista sobre a possibilidade de os EUA se juntarem aos europeus para combaterem as políticas comerciais chinesas.
“Eu adoro aqueles países, a Alemanha e aqueles países todos. A Escócia…”, elencou, sublinhando as suas origens europeias —a mãe do Presidente norte-americano era escocesa. “Mas eles tratam-nos muito mal, tratam-nos de forma muito injusta.”
“E apesar disso nós gastamos uma fortuna na NATO para protegê-los”, acrescentou.
“E apesar disso nós gastamos uma fortuna na NATO para protegê-los”, acrescentou.
Moeda moçambicana ganha oito meticais face ao euro em três meses
A última semana foi uma das de maior valorização da moeda moçambicana: em termos médios, o euro foi comprado no país a 68,02 meticais, 97 centavos de metical mais barato que na semana anterior.
A moeda moçambicana valorizou-se cerca de oito meticais face ao euro nos últimos três meses, desde que inverteu a tendência de queda, segundo a média das taxas de câmbio diárias do banco central, seguidas pela Lusa.
A última semana foi uma das de maior valorização: em termos médios, o euro foi comprado no país a 68,02 meticais, 97 centavos de metical mais barato que na semana anterior. A venda foi feita a 69,36 meticais por cada euro, menos 99 centavos de metical.
A média diária da cotação de compra do euro variou entre 67,82 e 68,38 meticais, enquanto a cotação de venda oscilou entre 69,16 e 69,73 meticais. Já em relação ao dólar, a moeda moçambicana manteve-se quase inalterada na última semana. A divisa dos EUA é a moeda que serve de base de cálculo às taxas de câmbio de referência para outras moedas em Moçambique.
Durante a última semana, a moeda foi comprada no país a 58,72 meticais, quatro centavos de metical mais barata que na semana anterior. A venda foi feita a 59,87 meticais por cada dólar, menos seis centavos de metical. A média diária da cotação de compra do dólar americano variou entre 58,71 e 58,74 meticais, enquanto a cotação de venda oscilou entre 59,80 e 59,89 meticais.
Taxas de câmbio médias de referência do euro em meticais:
Euro…compra…venda
22/jun…..68,38…..69,73
21/jun…..67,82…..69,16
20/jun…..67,94…..69,29
19/jun…..67,88…..69,22
18/jun…..68,08…..69,41
média…..68,02…..69,36
Taxas de câmbio médias de referência do dólar americano em meticais:
USD…compra…venda
22/jun…..58,73…..59,89
21/jun…..58,71…..59,8
20/jun…..58,71…..59,87
19/jun…..58,72…..59,88
18/jun…..58,74…..59,89
média…..58,72…..59,87
fonte: Banco de Moçambique
A última semana foi uma das de maior valorização: em termos médios, o euro foi comprado no país a 68,02 meticais, 97 centavos de metical mais barato que na semana anterior. A venda foi feita a 69,36 meticais por cada euro, menos 99 centavos de metical.
A média diária da cotação de compra do euro variou entre 67,82 e 68,38 meticais, enquanto a cotação de venda oscilou entre 69,16 e 69,73 meticais. Já em relação ao dólar, a moeda moçambicana manteve-se quase inalterada na última semana. A divisa dos EUA é a moeda que serve de base de cálculo às taxas de câmbio de referência para outras moedas em Moçambique.
Durante a última semana, a moeda foi comprada no país a 58,72 meticais, quatro centavos de metical mais barata que na semana anterior. A venda foi feita a 59,87 meticais por cada dólar, menos seis centavos de metical. A média diária da cotação de compra do dólar americano variou entre 58,71 e 58,74 meticais, enquanto a cotação de venda oscilou entre 59,80 e 59,89 meticais.
Taxas de câmbio médias de referência do euro em meticais:
Euro…compra…venda
22/jun…..68,38…..69,73
21/jun…..67,82…..69,16
20/jun…..67,94…..69,29
19/jun…..67,88…..69,22
18/jun…..68,08…..69,41
média…..68,02…..69,36
Taxas de câmbio médias de referência do dólar americano em meticais:
USD…compra…venda
22/jun…..58,73…..59,89
21/jun…..58,71…..59,8
20/jun…..58,71…..59,87
19/jun…..58,72…..59,88
18/jun…..58,74…..59,89
média…..58,72…..59,87
fonte: Banco de Moçambique
Gabinete Central de Combate à Corrupção de Moçambique investiga desvio de 255 mil euros
Entre os suspeitos do desvio de 225 mil euros encontram-se atuais e antigos gestores dos Serviços Provinciais de Migração da Cidade de Maputo, em Moçambique.
O Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) está a investigar o desvio de 17,5 milhões de meticais (255 mil euros) dos Serviços Provinciais de Migração da Cidade de Maputo, escreve esta quarta-feira o diário Notícias de Maputo.
O GCCC, integrado na Procuradoria-Geral da República de Moçambique, está a interrogar os principais suspeitos de envolvimento no caso e poderá deduzir acusação definitiva nos próximos dias, adianta o jornal. Entre os suspeitos encontram-se atuais e antigos gestores da instituição.
O dinheiro desviado era parte de um montante de 48,7 milhões de meticais de receitas (710,3 mil euros) cobradas pelos serviços em março de 2017. O desvio da verba foi detetada quando o Serviço Nacional de Migração se preparava para enviar a receita para o tesouro do Estado.
O GCCC, integrado na Procuradoria-Geral da República de Moçambique, está a interrogar os principais suspeitos de envolvimento no caso e poderá deduzir acusação definitiva nos próximos dias, adianta o jornal. Entre os suspeitos encontram-se atuais e antigos gestores da instituição.
O dinheiro desviado era parte de um montante de 48,7 milhões de meticais de receitas (710,3 mil euros) cobradas pelos serviços em março de 2017. O desvio da verba foi detetada quando o Serviço Nacional de Migração se preparava para enviar a receita para o tesouro do Estado.
Banco de Moçambique reduz taxa de juro de política monetária
O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu reduzir a taxa MIMO, um valor de referência diário aplicável às operações efetuadas entre os bancos comerciais e o banco central.
A taxa MIMO é um valor de referência diário aplicável às operações efetuadas entre os bancos comerciais e o banco central. “A manutenção da estabilidade da inflação e das projeções de médio prazo, que continuam a apontar para um nível em torno de um dígito, permite que o CPMO prossiga com o ciclo de redução das taxas de juro iniciado em abril de 2017”, justifica Rogério Zandamela, governador do banco central, no comunicado divulgado após uma reunião do comité.A informação referente a maio indica que a inflação homóloga, “medida pela variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Moçambique, permanece baixa e estável, ao fixar-se em 3,26%, após 2,33% em abril e perante 20,45% em maio de 2017”, lê-se no documento. Ainda assim, “persistem riscos diversos e que exigem prudência na condução da política monetária”, acrescenta Rogério Zandamela.
A nível interno, o banco central considera que se mantém “o risco associado à sustentabilidade da dívida pública, bem como as incertezas quanto à evolução dos preços dos bens administrados”. O défice público agravou-se, de acordo com dados das contas públicas referentes ao primeiro trimestre de 2018, “impondo maior pressão para o financiamento interno”, segundo o comunicado.
Na componente externa, de acordo com o banco central, “destacam-se os riscos associados à tensão comercial entre as principais economias, bem como à volatilidade do dólar norte-americano e dos preços das ‘commodities’ no mercado internacional, com realce para o preço do petróleo”.
Adicionalmente, na reunião desta segunda-feira, o Banco de Moçambique manteve a taxa da Facilidade Permanente de Cedência (FPC) em 18,00%, assim como os coeficientes de Reservas Obrigatórias (RO) para os passivos em moeda nacional em 14,00% e em moeda estrangeira em 22,00%, tendo reduzido a taxa da Facilidade Permanente de Depósitos (FPD) em 50 pontos base, para 12,00%.
As taxas de juro a retalho “reagem timidamente à queda da taxa MIMO”, acrescenta Zandamela no comunicado de hoje. Por outro lado, “o crédito ao setor privado continua estagnado, num ambiente de contínuo aumento do endividamento público interno”.
“A taxa de juro média a retalho, com prazo de um ano, registou uma redução de 3,2 pontos percentuais, para 28,69% em abril, comparativamente a dezembro último”, sublinha.
O saldo de reservas internacionais cresceu para 3.235 milhões de dólares (2.783 milhões de euros), “montante suficiente para cobrir cerca de sete meses de importação de bens e serviços, excluindo as transações dos grandes projetos”. A próxima reunião do CPMO está marcada para 30 de agosto.
Táxi avança sobre multidão em Moscovo, causando oito feridos
Na capital russa, onde decorrem alguns jogos do Mundial de futebol, um táxi feriu pelo menos oito pessoas. O condutor já foi detido. Fontes locais dizem que "poderia estar alcoolizado".
Um táxi avançou sobre uma multidão este sábado em Moscovo, tendo provocado pelo menos oito feridos numa cidade que é, por estes dias, um dos grandes palcos do Mundial de futebol.
Alguns dos feridos serão adeptos da seleção do México. A agência de notícia Interfax cita uma fonte que diz que o condutor — que tentou fugir depois de sair do veículo — “poderia estar alcoolizado”. Mas, segundo a Reuters, o autor do atropelamento terá alegado que adormeceu ao volante antes do incidente.
Segundo a agência noticiosa TASS, o condutor do veículo já foi detido pela polícia. Inicialmente, não foi é totalmente claro se tratava de um acidente ou de uma tentativa de atropelamento, mas fontes da polícia disseram desde logo que o mais provável era que o condutor tenha perdido o controlo do veículo.
A autoridade de trânsito da cidade revelou que o condutor tinha uma carta de condução emitida no Quirguistão, Ásia. As fotografias já disponibilizadas por esta autoridade russa mostram um táxi amarelo sem pára-choques parado perto de um sinal de trânsito, que o taxista poderá ter derrubado. O condutor terá dito às autoridades que “não fez de propósito”.
O atropelamento deste sábado alarmou alguns fãs de futebol que temem que aconteçam atentados terroristas na Rússia. Antes do Mundial, o Departamento de Estado norte-americano alertou os cidadãos do país para esse perigo. “Eventos internacionais de grande escala como o Mundial de Futebol são um alvo atrativo para terroristas. Apesar da segurança para o Mundial ser extensa, os terroristas podem procurar atacar estádios, zonas turísticas, locais de transporte dos fãs de futebol e outros espaços públicos”, avisavam os EUA.
Antes do início do Mundial, um grupo de apoiantes do auto-proclamado Estado Islâmico divulgou um vídeo com ameaças de ataques terroristas durante o evento, noticiou a revista Sábado. As imagens mostram imagens de um drone a sobrevoar Sochi — onde Portugal disputou o primeiro jogo do Mundial, esta sexta-feira — e uma animação em vídeo com explosões que destroem o complexo desportivo.
A autoridade de trânsito da cidade revelou que o condutor tinha uma carta de condução emitida no Quirguistão, Ásia. As fotografias já disponibilizadas por esta autoridade russa mostram um táxi amarelo sem pára-choques parado perto de um sinal de trânsito, que o taxista poderá ter derrubado. O condutor terá dito às autoridades que “não fez de propósito”.
O atropelamento deste sábado alarmou alguns fãs de futebol que temem que aconteçam atentados terroristas na Rússia. Antes do Mundial, o Departamento de Estado norte-americano alertou os cidadãos do país para esse perigo. “Eventos internacionais de grande escala como o Mundial de Futebol são um alvo atrativo para terroristas. Apesar da segurança para o Mundial ser extensa, os terroristas podem procurar atacar estádios, zonas turísticas, locais de transporte dos fãs de futebol e outros espaços públicos”, avisavam os EUA.
Antes do início do Mundial, um grupo de apoiantes do auto-proclamado Estado Islâmico divulgou um vídeo com ameaças de ataques terroristas durante o evento, noticiou a revista Sábado. As imagens mostram imagens de um drone a sobrevoar Sochi — onde Portugal disputou o primeiro jogo do Mundial, esta sexta-feira — e uma animação em vídeo com explosões que destroem o complexo desportivo.
Secretário-geral da Renamo diz que as negociações de paz em Moçambique estão a fluir
O secretário-geral da Renamo disse esta quinta-feira que o diálogo de paz com o Governo "está a fluir", pois acredita que se mantém o compromisso com os ideais do falecido presidente.
“O diálogo com o Presidente moçambicano está a fluir. É verdade que é um processo complexo e que exige calma e paciência, mas o processo está a andar”, declarou Manuel Bissopo, citado esta quinta-feira pelo canal privado STV, sem avançar mais detalhes sobre o processo.
Segundo Bissopo, a mudança do líder interino da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Ossufo Momade, para a Serra da Gorongosa é uma demonstração de compromisso com a paz. “É uma demonstração clara de que somos fiéis àquilo que o nosso comandante em chefe decidiu: trégua sem limites, paz e estabilidade do país”, acrescentou Bissopo.
Ossufo Momade vai habitar a mesma base onde residiu, de finais de 2015 até morrer, a 03 de maio, o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama. A deslocação do líder interino da Renamo foi anunciada no início de mês pelo porta-voz do órgão máximo daquele que é o principal partido da oposição em Moçambique.
Afonso Dhlakama morreu devido a complicações de saúde na Serra da Gorongosa, numa altura em que tanto ele como o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, davam sinais de estar perto de um entendimento para a paz, num compromisso que tanto Nyusi como a Renamo já disseram manter.
Além da descentralização de poder, tema em que as partes já encontraram consensos e têm um documento para revisão da Constituição a ser analisado pela Assembleia da República, as negociações entre a Renamo e o Governo moçambicano têm como segundo ponto a desmilitarização, desmobilização e reintegração do braço armado do partido de oposição.
Segundo Bissopo, a mudança do líder interino da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Ossufo Momade, para a Serra da Gorongosa é uma demonstração de compromisso com a paz. “É uma demonstração clara de que somos fiéis àquilo que o nosso comandante em chefe decidiu: trégua sem limites, paz e estabilidade do país”, acrescentou Bissopo.
Ossufo Momade vai habitar a mesma base onde residiu, de finais de 2015 até morrer, a 03 de maio, o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama. A deslocação do líder interino da Renamo foi anunciada no início de mês pelo porta-voz do órgão máximo daquele que é o principal partido da oposição em Moçambique.
Afonso Dhlakama morreu devido a complicações de saúde na Serra da Gorongosa, numa altura em que tanto ele como o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, davam sinais de estar perto de um entendimento para a paz, num compromisso que tanto Nyusi como a Renamo já disseram manter.
Além da descentralização de poder, tema em que as partes já encontraram consensos e têm um documento para revisão da Constituição a ser analisado pela Assembleia da República, as negociações entre a Renamo e o Governo moçambicano têm como segundo ponto a desmilitarização, desmobilização e reintegração do braço armado do partido de oposição.
PR moçambicano promulga revisão pontual da Constituição sobre descentralização
revisão constitucional foi aprovada no final de maio pelo parlamento moçambicano e prevê que os presidentes de municípios passem a ser eleitos como cabeças de lista às assembleias municipais
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, promulgou e mandou publicar esta segunda-feira a revisão pontual da Constituição que resulta dos acordos com a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) para descentralização do poder. A promulgação foi anunciada em comunicado pela Presidência da República.
A revisão constitucional aprovada no final de maio pelo parlamento prevê que os presidentes de municípios passem a ser eleitos como cabeças de lista às assembleias municipais já a partir das eleições de 10 de outubro deste ano, deixando de ser sufragados individualmente em boletim de voto próprio, como se verificava desde as primeiras eleições autárquicas, em 1998.
Os líderes das autarquias vão passar a ser eleitos da mesma forma que os governadores provinciais e administradores distritais – que, segundo a revisão constitucional, passam a ser eleitos, em vez de serem nomeados pelo poder central.
A eleição dos governadores vai acontecer já a partir das eleições gerais de 15 de outubro de 2019, enquanto os administradores vão ser escolhidos a partir de 2024.
A revisão pontual da Constituição vai ainda obrigar a rever um conjunto de leis que vão ser debatidas nos dias 21 e 22 de junho em sessão extraordinária do parlamento moçambicano.
A eleição dos governadores vai acontecer já a partir das eleições gerais de 15 de outubro de 2019, enquanto os administradores vão ser escolhidos a partir de 2024.
A revisão pontual da Constituição vai ainda obrigar a rever um conjunto de leis que vão ser debatidas nos dias 21 e 22 de junho em sessão extraordinária do parlamento moçambicano.
Criado comando operativo para norte de cabo Delgado
ONuma ação liderada pelo Ministro do Interior, Basílio Monteiro, acaba de ser instalado o reforço do comando operacional das Forças de Defesa e Segurança, dirigido por oficiais ao mais alto nível, nos distritos de Macomia e Quissanga, província de Cabo Delgado, onde têm ocorrido ações armadas levadas a cabo por pseudo jihadistas.
Segundo o Ministro do Interior, a instalação do comando operativo surge depois de uma análise da situação operativa no terreno, com as Forças de Defesa e Segurança, e foram identificadas algumas linhas de fraqueza e a aposta foi nos pontos fortes que caracterizam as operações que tinham sido iniciadas.
Basílio Monteiro assegurou que o comando operacional para Macomia e Quissanga está a funcionar deste este sábado, visando a reposição da ordem e a normalização da vida das populações.
O governante mostra-se optimista em relação aos resultados das operações de perseguição dos atacantes, tendo em conta a predisposição das populações locais em contribuir nesse sentido.
«A nossa presença, como Forças de Defesa e Segurança, é precisamente esta. Persegui-los até à exaustão, encontrá-los e tornar Mucujo, Quiterajo, Quissanga e qualquer ponto da província de Cabo Delgado livre da acção criminosa desses malfeitores», disse Basílio Monteiro, falando ao emissor provincial da Rádio Moçambique.
Apesar dos esforços das Forças de Defesa e Segurança em repor a ordem e tranquilidade, a situação de instabilidade ainda prevalece, com centenas de famílias a abandonar as suas zonas habituais de residência, à procura de refúgio.
Noutros casos, porém, algumas famílias estão empenhadas na reposição das suas habitações destruídas ou incendiadas pelos assassinos.
Este sábado, o Ministro do Interior interagiu com a população da aldeia de Namaluco, em Quissanga, atacada por homens armados na madrugada de quinta-feira, tendo sido decapitadas sete pessoas e incendiadas mais de 200 casas.
Lula assume candidatura presidencial no Brasil pelo Partido dos Trabalhadores
O ex-presidente do Brasil "Lula" da Silva, está preso há dois meses por corrupção, divulgou um manifesto em que assume uma candidatura pelo Partido dos Trabalhadores (PT) à Presidência do Brasil.
“É para acabar com o sofrimento do povo que sou novamente candidato à Presidência da República. Assumo esta missão porque tenho uma grande responsabilidade com o Brasil e porque os brasileiros têm o direito de votar livremente num projeto de país mais solidário, mais justo e soberano, perseverando no projeto de integração latino-americana”, escreve o ex-presidente na sua página oficial, a partir da cadeia em Curitiba.
O manifesto foi lido integralmente em público esta noite, em Minas Gerais, pela também ex-presidente Dilma Roussef, durante o lançamento da pré-candidatura de Lula às eleições de outubro.
No entanto, a candidatura do ex-líder sindical é uma hipótese remota, uma vez que as leis eleitorais brasileiras proibem condenados em segunda instância, como é o caso, de concorrer a qualquer cargo público.
O antigo chefe de Estado brasileiro foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado, por corrupção e lavagem de dinheiro, num caso relacionado com o escândalo Lava Jato, encontrando-se a cumprir pena há dois meses, em Curitiba.
O PT mantém no entanto viva a esperança de uma candidatura presidencial de Lula, que aparece como favorito nas sondagens, pedindo a sua libertação, alegando que foi condenado injustamente. O partido lançou mesmo uma recolha de fundos para financiar a candidatura.
No manifesto, Lula volta a reclamar inocência. “Há dois meses estou preso, injustamente, sem ter cometido crime nenhum.
Há dois meses estou impedido de percorrer o País que amo, levando a mensagem de esperança num Brasil melhor e mais justo, com oportunidades para todos, como sempre fiz em 45 anos de vida pública”, refere.
“Não posso me conformar com o sofrimento dos mais pobres e o castigo que está se abatendo sobre a nossa classe trabalhadora, assim como não me conformo com minha situação”, diz Lula, que se apresenta como “preso político”.
O ex-sindicalista critica a política do atual Governo, que na sua opinião protege os poderosos, e garante que a sua eventual candidatura representa a esperança num Brasil melhor.
“Um País em que todos possam fazer novamente três refeições por dia; em que as crianças possam frequentar a escola, em que todos tenham direito ao trabalho com salário digno e proteção da lei. Um país em que todo trabalhador rural volte a ter acesso à terra para produzir, com financiamento e assistência técnica”.
Amnistia Internacional quer medidas de Moçambique contra grupos armados
A Amnistia Internacional apelou às autoridades de Moçambique para que tomem medidas para pôr fim à vaga de ataques mortais de grupos armados na província de Cabo Delgado, norte do país.
A Amnistia Internacional apelou às autoridades de Moçambique para que tomem medidas para pôr fim à vaga de ataques mortais de grupos armados na província de Cabo Delgado, norte do país. “As autoridades moçambicanas devem tomar medidas imediatas”, incluindo “o reforço de medidas de segurança para proteger a vida dos residentes”, refere a organização num comunicado divulgado na quinta-feira.
A AI defende ainda a realização de “investigações para julgar os responsáveis” dos grupos que atuam sem motivações políticas ou lideranças conhecidas e sem terem feito quaisquer reivindicações. A situação está a criar um número crescente de deslocados internos, pessoas em fuga das suas casas, devido ao medo provocado pelos ataques, alerta a organização de direitos humanos.
Muitas famílias procuraram refúgio na Ilha do Ibo, acrescenta. A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, tem sido alvo de ataques de grupos armados desde outubro de 2017, causando um número indeterminado de mortes e deslocados.
Um estudo divulgado em maio, em Maputo, aponta a existência de redes de comércio ilegal na região e a movimentação de grupos radicais islâmicos, oriundos de países a norte, como algumas das raízes da violência.
Diversos investimentos estão a avançar na província para exploração de gás natural dentro de cinco a seis anos, no mar e em terra, com o envolvimento de algumas das grandes petrolíferas mundiais.
Um estudo divulgado em maio, em Maputo, aponta a existência de redes de comércio ilegal na região e a movimentação de grupos radicais islâmicos, oriundos de países a norte, como algumas das raízes da violência.
Diversos investimentos estão a avançar na província para exploração de gás natural dentro de cinco a seis anos, no mar e em terra, com o envolvimento de algumas das grandes petrolíferas mundiais.
Moçambique coloca três portagens em via estrutural no centro do país
O Estado moçambicano vai cobrar portagens em três troços da renovada estrada nacional 6, via estrutural que atravessa o país, da cidade da Beira à fronteira com o Zimbabué, anunciaram as autoridades.
O Estado moçambicano vai cobrar portagens em três troços da renovada estrada nacional 6, via estrutural que atravessa o país da cidade da Beira, na costa do Índico, à fronteira com o Zimbabué, anunciaram as autoridades. O Fundo de Estradas tem “luz verde” para cobrar valores ainda por definir em três praças de portagem, refere fonte do Conselho de Ministros citada esta quarta-feira pelo jornal Notícias
A estrada nacional 6 tem cerca de 300 quilómetros de extensão e, além de servir o interior de Moçambique, é também uma das principais vias de ligação de países sem acesso ao mar (Zimbabué, Zâmbia, Malaui, Botsuana e zonas da República Democrática do Congo) ao porto da Beira que faz a ligação ao oceano Índico.
A estrada está a ser beneficiada desde 2015 por um empreiteiro chinês e é uma via por onde passam, sobretudo, combustíveis, carvão, madeira e excedentes de produção agrícola. As obras estão na reta final, estimando-se que sejam concluídas este ano.
FMI aponta contenção da dívida pública como um dos principais desafios de Moçambique
O representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique considera fundamental que as negociações com os credores tragam resultados num futuro próximo.
"É preciso trazer a dívida pública para uma trajetória sustentável. O ‘stock’ da dívida pública moçambicana é muito superior à média da SADC (Comunidade de Países da África Austra)”, alertou Ari Aisen, falando durante a apresentação, em Maputo, do último relatório do FMI sobre as perspetivas económicas para a África Subsariana.
O documento, lançado no início de maio, indica que a dívida pública moçambicana atingiu 110,1 % do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, estimando-se que continue a subir até 130,3% do PIB do país em 2022.
Para o representante do FMI em Moçambique, o facto de o Governo moçambicano estar a negociar uma restruturação com os credores é positivo, mas é necessário garantir que o processo apresente resultados rapidamente.
”Vamos ter de aguardar para ver o desenvolvimento destas discussões. Temos de ver se há possibilidade de chegar a uma restruturação que traga a posição da dívida para um patamar mais sustentável num futuro próximo”, acrescentou Ari Aisen.
O Governo moçambicano propôs em março um perdão de 50% dos juros em atraso, ou seja, 124,5 de 249 milhões de dólares, e três opções de reestruturação que alargam os prazos de pagamento.
As organizações da sociedade civil moçambicana e partidos políticos da oposição têm vindo a acusar o Governo de falta de transparência e de uma gestão fraudulenta do processo. Em causa está um rombo nas contas públicas de Moçambique, que nasceu em 2013 e 2014.
Três empresas públicas com negócios de fachada, segundo uma auditoria internacional, contraíram dívidas de cerca de dois mil milhões de dólares (cerca de um oitavo do PIB do país, à data) com base em garantias do Estado assinadas à revelia da lei, das autoridades e dos parceiros, naquele que ficou conhecido como o escândalo das dívidas ocultas.
Apesar da insustentabilidade da dívida pública, Ari Aisen disse que “há boas notícias” para Moçambique, destacando melhorias no ambiente político-militar, com a situação de paz que o país vive após confrontações militares entre as forças governamentais e o braço armado do maior partido de oposição.
“A inflação baixou consideravelmente, isto é um grande ganho para a economia, as reservas internacionais aumentaram e a taxa de câmbios se estabilizou. Isto cria espaço para que outros indicadores melhorem”, observou Ari Aisen, avisando, no entanto, que os desafios persistem.
“A questão essencial agora é descobrir como criar um ambiente de negócios que permita ao setor privado investir mais e fazer a economia crescer”, observou o representante do FMI, sugerindo a adoção de taxas de juro mais baixas e políticas mais simples para estimular investimentos.
Para o representante do FMI em Moçambique, o facto de o Governo moçambicano estar a negociar uma restruturação com os credores é positivo, mas é necessário garantir que o processo apresente resultados rapidamente.
”Vamos ter de aguardar para ver o desenvolvimento destas discussões. Temos de ver se há possibilidade de chegar a uma restruturação que traga a posição da dívida para um patamar mais sustentável num futuro próximo”, acrescentou Ari Aisen.
O Governo moçambicano propôs em março um perdão de 50% dos juros em atraso, ou seja, 124,5 de 249 milhões de dólares, e três opções de reestruturação que alargam os prazos de pagamento.
As organizações da sociedade civil moçambicana e partidos políticos da oposição têm vindo a acusar o Governo de falta de transparência e de uma gestão fraudulenta do processo. Em causa está um rombo nas contas públicas de Moçambique, que nasceu em 2013 e 2014.
Três empresas públicas com negócios de fachada, segundo uma auditoria internacional, contraíram dívidas de cerca de dois mil milhões de dólares (cerca de um oitavo do PIB do país, à data) com base em garantias do Estado assinadas à revelia da lei, das autoridades e dos parceiros, naquele que ficou conhecido como o escândalo das dívidas ocultas.
Apesar da insustentabilidade da dívida pública, Ari Aisen disse que “há boas notícias” para Moçambique, destacando melhorias no ambiente político-militar, com a situação de paz que o país vive após confrontações militares entre as forças governamentais e o braço armado do maior partido de oposição.
“A inflação baixou consideravelmente, isto é um grande ganho para a economia, as reservas internacionais aumentaram e a taxa de câmbios se estabilizou. Isto cria espaço para que outros indicadores melhorem”, observou Ari Aisen, avisando, no entanto, que os desafios persistem.
“A questão essencial agora é descobrir como criar um ambiente de negócios que permita ao setor privado investir mais e fazer a economia crescer”, observou o representante do FMI, sugerindo a adoção de taxas de juro mais baixas e políticas mais simples para estimular investimentos.
Suspeitos de ataques a civis em Moçambique abatidos pelas autoridades
Oito dos suspeitos de terem levado a cabo série de decapitações no norte do país foram abatidos pelas autoridades moçambicanas numa operação de contra-ataque.
As forças de defesa e segurança de Moçambique abateram alguns dos supostos membros dos grupos armados que têm atacado a população, no norte do país, de acordo com um canal de televisão e fontes ouvidas este sábado pela Lusa.
O canal de televisão STV anunciou este sábado que oito suspeitos terão sido mortos pelas autoridades durante uma operação nas matas da província de Cabo Delgado, junto a uma das aldeias onde, no domingo, foram decapitadas 10 pessoas.
O canal de televisão STV anunciou este sábado que oito suspeitos terão sido mortos pelas autoridades durante uma operação nas matas da província de Cabo Delgado, junto a uma das aldeias onde, no domingo, foram decapitadas 10 pessoas.
Outras fontes contactadas este sábado pela Lusa no distrito de Palma falam também de um contra-ataque das autoridades que terão encontrado os suspeitos enquanto estes preparavam comida, no meio de uma floresta em Quissengue, posto administrativo de Olumbi, sem especificar quantos seriam ou quantos terão sido abatidos.
As mesmas fontes indicam que os membros das forças de defesa e segurança terão sido apoiados nas operações por residentes.
Segundo a STV, os supostos agressores terão sido abatidos na sexta-feira, depois de mais uma pessoa ter sido decapitada, na quinta-feira, na povoação de Muti, no mesmo distrito.
Juntamente com os suspeitos terão sido descobertas catanas e uma metralhadora AK-47, além de comida e de um passaporte tanzaniano, acrescentou o canal.
Os agressores estariam junto a um rio quando foram descobertos e abatidos, sendo que já noutras ocasiões terão sido detetados junto a cursos de água, adiantou ainda a STV, que disse ter obtido a informação junto de membros das forças de defesa e segurança.
Entretanto, o governo provincial de Cabo Delgado permitiu a reabertura de três mesquitas em Pemba, capital da província, depois de terem sido encerradas no final de 2017 por indícios de ligação aos grupos armados que atacam a região.
A reabertura foi permitida depois de os líderes das respetivas mesquitas se terem distanciado dos movimentos radicais suspeitos, de acordo com a edição de hoje do jornal Notícias.
A vila de Mocímboa da Praia e povoações do meio rural da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, têm sido alvo de ataques de grupos armados desde outubro de 2017, causando um número indeterminado de mortes e deslocados.
Dez pessoas foram decapitadas no domingo, depois de terem sido intercetadas em duas aldeias remotas, sem eletricidade, nem infraestruturas.
Um estudo divulgado em maio, em Maputo, aponta a existência de redes de comércio ilegal na região e a movimentação de grupos radicais islâmicos, oriundos de países a norte, como algumas das raízes da violência.
Diversos investimentos estão a avançar na província para exploração de gás natural dentro de cinco a seis anos, no mar e em terra, com o envolvimento de algumas das grandes petrolíferas mundiais.
As mesmas fontes indicam que os membros das forças de defesa e segurança terão sido apoiados nas operações por residentes.
Segundo a STV, os supostos agressores terão sido abatidos na sexta-feira, depois de mais uma pessoa ter sido decapitada, na quinta-feira, na povoação de Muti, no mesmo distrito.
Juntamente com os suspeitos terão sido descobertas catanas e uma metralhadora AK-47, além de comida e de um passaporte tanzaniano, acrescentou o canal.
Os agressores estariam junto a um rio quando foram descobertos e abatidos, sendo que já noutras ocasiões terão sido detetados junto a cursos de água, adiantou ainda a STV, que disse ter obtido a informação junto de membros das forças de defesa e segurança.
Entretanto, o governo provincial de Cabo Delgado permitiu a reabertura de três mesquitas em Pemba, capital da província, depois de terem sido encerradas no final de 2017 por indícios de ligação aos grupos armados que atacam a região.
A reabertura foi permitida depois de os líderes das respetivas mesquitas se terem distanciado dos movimentos radicais suspeitos, de acordo com a edição de hoje do jornal Notícias.
A vila de Mocímboa da Praia e povoações do meio rural da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, têm sido alvo de ataques de grupos armados desde outubro de 2017, causando um número indeterminado de mortes e deslocados.
Dez pessoas foram decapitadas no domingo, depois de terem sido intercetadas em duas aldeias remotas, sem eletricidade, nem infraestruturas.
Um estudo divulgado em maio, em Maputo, aponta a existência de redes de comércio ilegal na região e a movimentação de grupos radicais islâmicos, oriundos de países a norte, como algumas das raízes da violência.
Diversos investimentos estão a avançar na província para exploração de gás natural dentro de cinco a seis anos, no mar e em terra, com o envolvimento de algumas das grandes petrolíferas mundiais.
Ataque de grupo armado terá provocado vários mortos no norte de Moçambique
Um ataque de um grupo armado a uma povoação do meio rural na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, terá provocado vários mortos desde sábado, anunciou a televisão estatal.
Um ataque de um grupo armado a uma povoação do meio rural na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, terá provocado vários mortos desde sábado, anunciou esta segunda-feira a televisão estatal. Dez pessoas, entre as quais duas crianças, residentes na povoação de Olumbi, a 45 quilómetros da vila de Palma, sede de distrito, terão sido sequestradas e decapitados, de acordo com informação divulgada pela TVM, mas que as autoridades contactadas pela estação não confirmaram.
Outros relatos na Internet, citando alegadas fontes na região, apontam para cinco a sete mortos na mesma povoação. A Lusa tentou vários contactos com a Polícia da República de Moçambique (PRM), que confirma a realização de uma operação na zona, mas sem adiantar mais pormenores.
David Machimbuko, administrador do distrito de Palma, disse à TVM que as autoridades deslocaram equipas para Olumbi e para outra zona onde havia suspeitas de ameaças, por forma a avaliar a situação. Segundo referiu, os ataques terão sido feitos por “homens que vão a um sítio, fazem uma incursão e depois fogem”.
Aquele responsável remeteu mais detalhes sobre a situação para as autoridades policiais. A zona costeira de Cabo Delgado tem sido alvo de grupos armados desde outubro de 2017, altura em que postos de polícia foram atacados no distrito de Mocímboa da Praia, vila que ficou sitiada durante dois dias.
Uma investigação baseada em 125 entrevistas na região, divulgada na última semana, concluiu que os grupos usam o radicalismo islâmico para atrair seguidores, aos quais pagam rendimentos acima da média, financiados por rotas de comércio ilegal de madeira, rubis, carvão e marfim, daquela região para o estrangeiro.
Estes grupos incluem membros de movimentos radicais que têm sido perseguidos a norte pelas autoridades do Quénia e da Tanzânia, refere o mesmo estudo, segundo o qual alguns elementos terão sido treinados por milícias da região dos Grandes Lagos, que, por sua vez, também têm ligações ao grupo terrorista Al-Shabaab, na Somália.
Os ataques surgiram numa altura em que estão a avançar os investimentos no terreno para exploração de gás natural em Cabo Delgado, prevendo-se que a produção arranque dentro de cinco a seis anos, no mar e em terra, com o envolvimento de algumas das grandes petrolíferas mundiais.
Aquele responsável remeteu mais detalhes sobre a situação para as autoridades policiais. A zona costeira de Cabo Delgado tem sido alvo de grupos armados desde outubro de 2017, altura em que postos de polícia foram atacados no distrito de Mocímboa da Praia, vila que ficou sitiada durante dois dias.
Uma investigação baseada em 125 entrevistas na região, divulgada na última semana, concluiu que os grupos usam o radicalismo islâmico para atrair seguidores, aos quais pagam rendimentos acima da média, financiados por rotas de comércio ilegal de madeira, rubis, carvão e marfim, daquela região para o estrangeiro.
Estes grupos incluem membros de movimentos radicais que têm sido perseguidos a norte pelas autoridades do Quénia e da Tanzânia, refere o mesmo estudo, segundo o qual alguns elementos terão sido treinados por milícias da região dos Grandes Lagos, que, por sua vez, também têm ligações ao grupo terrorista Al-Shabaab, na Somália.
Os ataques surgiram numa altura em que estão a avançar os investimentos no terreno para exploração de gás natural em Cabo Delgado, prevendo-se que a produção arranque dentro de cinco a seis anos, no mar e em terra, com o envolvimento de algumas das grandes petrolíferas mundiais.
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