Moçambique é o Estado africano com situação mais crítica em termos de excesso de dívida pública


Duas organizações alemãs que defendem o alívio da dívida dos países mais pobres diz que Moçambique é o Estado africano com uma situação mais crítica em termos de excesso de dívida pública, para além de ter dos piores indicadores económicos no continente.

As organizações não-governamentais alemãs, Misereor e Erlassjar, afirmam em relatório divulgado esta semana que Moçambique era considerado um país africano modelo até à descoberta, há cerca de dois anos, das chamadas dívidas ocultas.
As mesmas constituem uma aliança alemã de 600 organizações da sociedade civil, igreja e políticas, e consideram que as dívidas das empresas ProIndicus, Mam e Ematum contribuiram para que Moçambique perdesse a capacidade de honrar o serviço da dívida, com as consequências daí decorrentes.
Alguns economistas dizem, entretanto, que as dívidas das três empresas apenas agravaram o problema do endividamento de Moçambique, já insustentável, dada a ausência de uma política de poupança interna, para além da fraca produção nacional.
Há duas semanas, em Londres, Inglaterra, o Governo não conseguiu convencer os credores a aceitarem as suas propostas de reestruturação da dívida, e dentro de dias o Executivo voltará a reunir-se com os mesmos credores, desta feita na capital americana, Washington.

    LEIA DONGUE A GRANDE VENCEDORA DA GALA DO DESPORTO


    A basquetebolista Leia Dongue, atualmente a jogar na Espanha, ao serviço do Gernika Bizkaia, foi a grande vencedora da Gala Nacional do Desporto, realizada na noite da passada quinta-feira, ao merecer duas distinções: Melhor Atleta e Atleta Popular de 2017.

    Leia Dongue, ou simplesmente Tanucha, como é conhecida, venceu a concorrência da velejadora Deysy Nhaquile e da voleibolista Leocádia Manhiça.

    A eleição da poste já era esperada, visto que no ano passado tinha voltado a estar em grande no basquetebol africano. Conquistou, ao serviço do 1.º de Agosto de Angola, o título de campeã africana, um feito que já tinha alcançado em 2015 também com as cores da equipa `militar´

    Nos masculinos, o canoísta Mussa Tualibudine esteve em grande plano ao ser eleito o Melhor Atleta. Para vencer o prestigiado troféu, pesou o fato de Tualibudine ter sido campeão africanos e ter sido 6.º classificado no Campeonato do Mundo na classe C1-1000 metros. 
    Na categoria de equipas, a equipa sénior de futebol do Ferroviário da Beira ficou com o prémio em masculinos, enquanto em femininos ficou na posse da equipa de basquetebol do Ferroviário de Maputo.

    Trump congelou fundos para recuperação da Síria


    A Casa Branca ordenou ao Departamento de Estado que congele fundos da ordem de 200 milhões de dólares que estariam destinados a "esforços de recuperação" 

    A revelação surge um dia depois de Trump ter dito num discurso no Ohio que os Estados Unidos sairão da Síria "muito em breve", estando a ser encarada como mais um indício de que o presidente americano quer retirar as forças estacionadas neste país.
    A agência AFP confirmou junto de funcionários da Casa Branca que o comentário de Trump no discurso da véspera não foi um descuido, adiantando o presidente americano é contra a ideia de um compromisso de médio a longo prazo para estabilizar o leste da Síria.
    Segundo o WSJ, citado pela Associated Press, Trump solicitou o congelamento dos fundos, após ler notícias garantindo que os EUA haviam comprometido dinheiro para os esforços de recuperação da Síria.
    Donald Trump revelou na sexta-feira que as forças militares americanas deixarão a Síria "muito em breve", dizendo que chegou a hora de "outros tomarem conta do problema".
    "Sairemos da Síria muito em breve. (...) Estamos lá por uma razão: encontrar o Estado Islâmico, acabar com o Estado Islâmico e voltarmos para casa", disse Trump durante um discurso em Ohio.
    Trump não esclareceu quem serão "os outros" que tomarão conta do problema da Síria, onde a Rússia e o Irão mantêm forças de apoio ao governo de Bashar al-Assad.
    "Muito em breve, muito em breve sairemos. Vamos ter cem por cento do califado, como eles o chamam (...), recuperando-o rapidamente, rapidamente", acrescentou Trump.
    "Vamos sair de lá realmente em breve. Voltando para o nosso país, para onde pertencemos, onde queremos estar", completou.
    Os Estados Unidos têm mais de dois mil militares no leste da Síria, que colaboram com milícias locais no combate ao Estado Islâmico, evitando envolver-se diretamente na guerra civil que assola o país.

    Rússia chama embaixadores e inicia expulsão de diplomatas


    É mais uma medida de retaliação numa crise diplomática em crescendo. Moscovo anunciou esta sexta-feira a expulsão de vários responsáveis europeus, convocando os embaixadores de países ocidentais que tenham tomado medidas “hostis” contra o país na sequência do caso de envenenamento do ex-espião Serguei Skripal. Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros, anunciou que embaixadores de pelo menos 23 países já foram informados da ordem de expulsão. A Rússia exigiu também que o Reino Unido reduza num mês a sua representação diplomática naquele país.

    Moscovo já tinha prometido "reciprocidade" na resposta à expulsão de mais de 150 diplomatas russos em 25 países e iniciou esta sexta-feira uma série de ações de retaliação. Até ao momento, foram expulsos mais de uma dezena de diplomatas de vários países europeus, incluindo da Ucrânia (13), Polônia (4), Alemanha (4), Canadá (4) República Checa (3), Lituânia (3), Espanha (2), Itália (2), Holanda (2), Noruega (1), Suécia (1) e Finlândia (1). 

    A Rússia anunciou que estão a ser estudadas novas medidas de retaliação contra Bélgica, Hungria, Geórgia e Montenegro, depois de anunciarem medidas para a expulsão de diplomatas russos.

    "Não foi a Rússia que se envolveu numa guerra diplomática, não foi a Rússia que iniciou uma troca de sanções ou uma expulsão de diplomatas", disse esta sexta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em declarações aos jornalistas.

    Às declarações juntou-se o desfile de vários Embaixadores europeus junto ao Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, que receberam pessoalmente as medidas de retaliação ordenadas por Moscovo. 

    "A 30 de março, os chefes das missões diplomáticas de vários países acreditados na Federação Russa que tomaram ações não amigáveis contra a Rússia «em solidariedade» com o Reino Unido no caso Skripal foram convocados ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia. Os embaixadores vão receber notas de protesto e serão informados sobre as medidas recíproca"

    Para além desta ordem de expulsão em cadeia, comunicada diretamente a cada embaixador, o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros exigiu a redução do contingente de diplomatas britânicos num mês. O objetivo de Moscovo é igualar o número de representantes do Reino Unido na Rússia ao número de representantes russos em território britânico.  

    "O lado britânico deve, dentro de um mês, através de uma redução apropriada do seu pessoal, baixar o número total dos seus empregados na embaixada britânica em Moscovo e dos consulados britânicos na Rússia para o mesmo número de diplomatas, pessoal técnico e administrativos russos que fiquem no Reino Unido", lê-se num comunicado do Governo russo, citado pela agência France Presse. 

    O anúncio de novas medidas surge um dia depois de Moscovo ter dado ordem de expulsão de 60 diplomatas norte-americanos e ordenado o encerramento do consulado norte-americano em São Petersburgo.  

    Em reação a esta medida, o Governo britânico considerou que a decisão da Rússia de equiparar o número de diplomatas britânicos em Moscovo ao número dos russos expulsos de Londres "é lamentável". 

    "É lamentável, mas à luz do comportamento anterior da Rússia, já antecipávamos uma resposta", referia um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico.

     "No entanto, isto não muda os fatos em causa: a tentativa de homicídio de duas pessoas em solo britânico, para a qual não há uma conclusão alternativa que não seja a de que a Rússia era culpada", acrescentou a porta-voz.

    A responsável vincou ainda que a Rússia "está em flagrante violação da lei internacional e da Convenção sobre Armas Químicas e as ações dos países em todo o mundo demonstraram a profundidade das preocupações internacionais".

    Ainda antes da decisão hoje anunciada, a Rússia e o Reino Unido tinham ordenado a expulsão de 23 diplomatas britânicos e 23 diplomatas russos, respetivamente. 

    Na origem desta crise internacional está o caso do envenenamento de Serguei Skripal, e da filha, Yulia Skripal, a 4 de março. Ambos encontrados inconscientes em Salsbury, uma cidade no sul de Inglaterra, depois de terem sido envenenados com Novichok, um componente químico que ataca o sistema nervoso. O ex-espião continua em estado crítico, enquanto a filha vai dando sinais de algumas melhorias. 

    O Reino Unido aponta o dedo à Rússia, considerando que o país está envolvido neste caso. Por sua vez, Moscovo tem desmentido todas as acusações. Desde então, vários países decidiram expulsar elementos diplomáticos dos respetivos países, em solidariedade com o Governo britânico. Portugal não expulsou qualquer diplomata russo do território, mas chamou a Lisboa o embaixador português em Moscovo para consultas. 

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